domingo, 29 de novembro de 2009

LUIGI BOSCA DOC MALBEC, 2004


A D.O.C. Luján de Cuyo foi criada em 1989, com o intuito de zelar e legislar sobre a variedade Malbec, que tem origem nessa região. Do mesmo modo que as Denominações mais exigentes do mundo, um vinho D.O.C. de Luján de Cuyo deve cumprir um estrito protocolo, que começa no vinhedo e finaliza quando o vinho elaborado recebe a aprovação do Conselho Regulador.


Amadurecido por 14 meses em barris de carvalho e envelhecido na garrafa por um ano.


Adquiri este vinho em loja especializada, em Mendoza, quando lá estive em agosto de 2007. Não anotei o preço da aquisição.


De cor rubi intenso, sem gradação de cor, com halo aquoso. Lágrimas abundantes.


Complexo, com aromas florais, ameixas e cerejas maduras, baunilha, chocolate e pimenta do reino.


De paladar agradável, encorpado, com final longo. Com acidez elevada, equilibrando bem o alcool (14,5%) com os taninos doces e potentes.


O contra-rótulo indica potencial de guarda de 8 anos, no que concordo plenamente.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

SANTA COLINA RESERVA, TANNAT, 2006


Produzido pela Vinícola Aliança com uvas selecionadas originárias de vinhedos orientados para uma produção mínima. Envelhecido por 12 meses em barris de carvalhor francês.


Adquiri este vinho em maio deste ano na loja da vinícola, em Caxias do Sul-RS, por R$ 37,00.


De cor rubi violáceo intenso, com pequeno halo aquoso. Lágrimas abundantes.


Aromas florais, baunilha, cacau e café, com intensidade média.


Na boca, além de repetir o nariz, aparece um leve tostado. Persistência média.


Vinho de bom corpo, com a acidez equilibrando o alcool (14%) e o tanino.


Suportará tranquilamente mais uns três anos de garrafa.


Custo/benefício um pouco alto.



domingo, 22 de novembro de 2009

LOVARA, CABERNET SAUVIGNON, 2006

Adquirido em junho de 2008, na Ingá Vinhos, em Casa Forte, por R$ 13,50.

De cor rubi escuro, com halo aquoso.

Aromas pouco intensos de frutas escuras maduras e vegetal.

A boca repete o nariz, porém com uma maior intensidade e persistência.

De corpo médio, taninos domados, com uma boa acidez combinando com o alcool (13º).

Custo/benefício razoável





sexta-feira, 20 de novembro de 2009

DELLA CHIESA, CABERNET SAUVIGNON, 2006


O nome da vinícola DELLA CHIESA (Da Igreja) originou-se quando os atuais proprietários adquiriram a propriedade com os parreirais, existia na mesma uma pequena igreja desativada onde passaram a produzir os vinhos. O prédio da igreja ainda hoje é utilizado como loja de varejo onde adquiri este vinho por R$ 10,00.

De cor rubi escuro, com pequena aura mais clara e halo aquoso.

Aromas pouco intensos de frutas escuras, vegetal e tabaco.

A boca repete o nariz, porém com uma intensidade e persistência média.

De corpo médio, taninos um pouco grosseiros, com leve amargor, sem, no entanto, incomodar.

Vinho um pouco rústico.

Custo/benefício razoável


MILANTINO, MALVÁSIA DE CÂNDIA, 2008



Adquirido em maio deste ano na loja da vinícola no Vale dos Vinhedos pelo valor de R$ 17,00.

De cor amarelo palha com halo aquoso.

Aromas intensos e persistentes de mel, pêssego, limão e abacaxi.

No ataque à boca predomina o mel e o pessego. O limão e o abacaxi vindo depois.

Leve, de paladar agradável, acidez um pouco baixa que equilibra o alcool (11,5º) e, portanto, baixa refrescância.

Um vinho para tomar sem compromisso. Fará sucesso em recepções junto a bebedores eventuais de vinho seco branco.

Acompanhará bem peixes brancos cosidos sem preparo especial.

Custo/benefício razoável.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

SUCO DE UVA BRASILEIRO



Recebi o artigo abaixo da Assessoria de Imprensa da Vinícola Dom Cândido:

“O suco de uva elaborado no Brasil tem caráter e personalidade únicas”.
A afirmação é do jornalista Kelvin King, da revista inglesa Soft Drinks International (www.softdrinksjournal.com), que circula em mais de 110 países, depois de visitar, de quinta (5) a sábado (7), oito empresas produtoras na Serra Gaúcha.
“Há um sabor e um aroma diferenciado de outros sucos produzidos no mundo”, garantiu o jornalista, que escreve para uma das principais publicações especializadas em bebidas alcoólicas do mundo.
King percebeu uma grande preocupação com a qualidade do suco produzido, “a mesma que há na elaboração dos vinhos e espumantes, inclusive em pequenas empresas”.
“Em outros países, o suco é tratado como commodity, com cheiro e sabor iguais, sem graça”, observa.
“Arriscaria dizer que o suco de uva feito no Brasil é um vinho sem álcool”.
O jornalista, que também escreve sobre vinhos para a revista Drinks Biz, na Nova Zelândia, indicou o caminho às empresas gaúchas: continuar no mesmo caminho, privilegiando a qualidade e não a quantidade.
A vinda do profissional foi promovida pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e apoio do governo do Estado do Rio Grande do Sul.
O jornalista neozelandês visitou a Muraro, Perini, Golden Sucos, Aurora, Dom Cândido, Battistello, Salton e Casa de Madeira/Valduga. A vinda do jornalista à Serra Gaúcha integra a parceria entre o Ibravin e o Ibraf para promoção do suco de uva no Brasil e no mundo, dentro do Programa de Desenvolvimento Setorial do Suco de Uva.

Confira, a seguir, uma breve entrevista com o jornalista:
Pergunta: Já conhecia o suco de uva brasileiro?
Kelvin King: Não. Só conhecia o suco de laranja, que é vendido pelo Brasil no mundo inteiro como commodity, assim como o suco de uva de outros países é encontrado no mercado mundial.
Pergunta: E o que achou?
Kelvin King:Fiquei bastante impressionado. Positivamente. Não conhecia este suco 100% natural, feito com extrema qualidade por empresas grandes e pequenas. O que a gente vê pelo mundo é o suco concentrado, a commodity vendida por diversos países.
Pergunta: E este suco tem mercado no mundo?
Kelvin King:Certamente. Mas ele deve ser levado ao exterior junto com o vinho brasileiro. Porque um reforçará o outro. E os brasileiros devem continuar cuidando da qualidade. O que se vê hoje pelo mundo são os países pensando somente em quantidade.
Pergunta: O Sr. poderia citar algum exemplo?
Kelvin King:Os Estados Unidos, que são grandes produtores de suco, não tem o compromisso que vi aqui no Brasil com a qualidade. Eles querem é vender grandes quantidades, com uma indústria sem identidade, afastada das empresas vinícolas.
Pergunta: Qual o diferencial do suco brasileiro?
Kelvin King:O seu sabor e aroma inconfundíveis, próprios da fruta. O suco aqui tem personalidade única. O produto vindo de outros países é sem graça, com sabor e aroma únicos. Aqui, não, é natural, sem adição de água nem açúcar. Mas o mais interessante é o tratamento que o suco recebe das empresas vinícolas. Elas têm orgulho de estampar suas marcas no suco. Por isso, o Brasil pode receber um apelo comercial em todo mundo com o seu suco de uva.
Pergunta: Tem um conselho a dar aos viticultores?
Kelvin King:Que continuem seu belo trabalho. E que comentem e destaquem no exterior a questão ambiental, como são produzidos os sucos aqui. Na Europa, principalmente, há uma grande preocupação com isso. Antes de ser questionado, é importante que os brasileiros sejam pró-ativos, que divulguem que seus produtos são elaboradores conforme as melhores práticas de fabricação, ambientalmente corretas etc.
Pergunta: E o vinho brasileiro, o que o sr. achou?
Kelvin King:Nunca tinha provado. Fiquei surpreso com a complexidade, diversidade e qualidade. Tomei, por exemplo, pela primeira vez na vida, um vinho da uva Marselan [da vinícola Perini], que nunca tinha experimentado antes. O vinho brasileiro deve procurar a sua identidade, que certamente o difere da Argentina e do Chile. Vejo um grande potencial para o vinho brasileiro no mercado mundial. Mas é preciso paciência e investimento contínuo.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

GRAN RESERVA PIETRO FELICE, 2004


Produzido por Irmãos Molon em São Marcos na Serra Gaúcha. É um corte de Cabernet Sauvignon (87%) e Merlot (13%). Amadurecido em barris de carvalho em tempo não especificado pela vinícola. Alcool 11,3º.


Adquirido na loja da vinícola, em maio deste ano, por R$ 35,00.


De cor rubi escuro, com aura granada e halo aquoso.


Aromas com intensidade média de frutas vermelhas, chocolate, baunilha, tabaco e eucalípto.


Na boca a fruta e a madeira se complementam de forma agradável.


Bom corpo, equilibrado e uma boa persistência.


Um bom custo/benefício.




domingo, 8 de novembro de 2009

FORTALEZA DO SEIVAL, PINOT NOIR, 2007


Adquirido na RM, em 24/08/09, por R$ 17,99.


Passa por carvalho americano por tempo não informado pela vinícola. Alcool 13,5º.


De cor vermelho rubi com reflexos granada e halo aquoso.


Aromas de média intensidade de pitanga, resina, caramelo e pimenta-do-reino.


Na boca a madeira predomina onde aparece, também, o tostado. Um leve amargor. A predominância da madeira prejudica um pouco.


De corpo médio, com boa acidez e equilibrado.


Custo/benefício razoável.



sábado, 7 de novembro de 2009

VIÑA MAIPO, SAUVIGNON BLANC, 2008


Produzido pela Viña Maipo, no Valle Maipo, Chile.

Adquirido no Bom Preço por R$ 13,42, em 22/09/2009.

De cor amarelo verdeal, com aromas de intensidade média de pera, pessego e cítricos.

Com boa acidez, é refrescante e com persistência não muito curta.


Uma opção para refrescar, bebendo-o a 6º C no verão.

Bom custo/benefício.


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

MARCO LUIGI, RESERVA DA FAMÍLIA, MERLOT, 2003


Adquiri este vinho em maio deste ano, na própria vinícola, em maio deste ano por R$ 35,00.




A Vinícola Marco Luigi, no Vale dos Vinhedos que informa que a produção de uvas para elaboração deste vinho é de 2,5 kg, no máximo, por pé.


Amadurecido em barris de carvalho Não foi informadoo tempo, nem se o carvalho é o francês ou americano. Foram produzidas 5.000 garrafas. A garrafa que degustei foi a de nº 4.029.




De cor rubi, tendendo a granada, com aura mais clara e halo aquoso.




Aromas, com boa intensidade e persistência:

-Na taça: Frutas maduras, baunilha e chocolate.

- Fundo de taça: Caixa de charuto.

-Decantado: Geléia de morango e geléia de damasco.




Na boca aparece também o tostado. A madeira supera a fruta sem a anular. Leve amargor que não incomoda.




Vinho com bom corpo, equilibrado, com taninos doces e final longo.


Ótimo custo/benefício.


domingo, 1 de novembro de 2009

PIETRO FELICE VICENZA, 2007


Este é mais um vinho produzido por Irmãos Molon Ltda, em São Marcos, na Serra Gaúcha. Fiz a aquisição na própria vinícola, em maio deste ano, por 13,70.


De cor rubi, com reflexos de cor mais claros e halo aquoso. Lágrimas poucas e tênues (alcool 11,3º)


Aromas pouco intensos de frutas vermelhas e tabaco.


A boca repete o nariz.


Corpo magro. Taninos doces, mas deixando um leve amargor. Final relativamente curto.


Vinho fácil de beber. Custo benefício razoável. Se encontram vinhos melhores nesta faixa de preço.



SALTON, VOLPI, CABERNET SAUVIGNON, 2006.


Este é o 34º vinho da Confraria Brasileira de Enoblogs, uma escolha da confrade Fabiana do blog Escrivinhos.

De início gostaria de esclarecer que o vinho escolhido pela confrade acima foi o da safra 2007 mas que, infelizmente, só consegui encontrar no Grande Recife os vinhos das safras 2005 e 2006 (RM, Bompreço, Carrefour, Comprebem, Extra, Casa dos Vinhos, etc.). Telefonei para o representante da Salton e fui orientado a procurar na Ingá Vinhos. Na Loja da Ingá de Casa Forte só tinha a safra 2006.

Sei que uma safra não é igual à outra, entretanto, considerando que 2006 e 2007 foram safras consideradas normais na Serra Gaúcha, optei por analisar o vinho da safra 2006, que adquiri no RM Express por R$ 18,42, porque o mesmo não apresentava sinais de declínio.

Feito o esclarecimento, vamos ao que interessa:

Elaborado com um corte de 85% de Cabernet Sauvignon, 5% de Merlot, 5% de Tannat e 5% de Cabernet Franc e amadurecido por seis meses em barris de 225 litros de carvalho americano. Teor alcoólico 12,3º.

De cor rubi, com halo aquoso. Lágrimas lentas.

Aromas, de intensidade média, de frutas negras maduras, baunilha, tostado e pimenta-do-reino.

A boca repete o nariz, com taninos macios e persistência média.

De corpo médio e equilibrado.

É um vinho agradável com preço justo.